A desvalorização das moedas em países produtores tornou a soja norte-americana menos competitiva e o mercado em Chicago deve reagir a esse movimento 4n1147
Com a crescente valorização do dólar o produto Sul-americano está mais competitivo no mercado internacional, e segundo Liones Severo, consultor de Mercado do SIMConsult, esse cenário incomoda os norte americanos e é o motivo pelo qual foram registradas as altas em Chicago na sexta-feira (20). 3k1u11
Com isso, Chicago tem aumentado suas cotações para reverter à demanda do mercado. Contudo, o aumento no preço das commodities se faz necessário pela defasagem que tem apresentado, como alerta Severo.
"Quando ficamos sabendo que o farelo de soja, no mercado do México americano, vale menos que o farelo de milho, nota-se que alguma coisa está errada", ressalta Severo.
Sendo assim, "Chicago foi experimentar o piso de U$ 9,50/bushel, pois os investidores de lá sabem que os produtores brasileiros vão vender o suficiente, assim como os Argentinos, e com a desvalorização da moeda eles vão reter um poucos as vendas e o mercado vai subir", explica Liones.
Ainda, a demanda segue muito alta com números vendidos muito próximos dos volumes embarcados. "Em seis meses os Estados Unidos vendeu toda a safra e o excedente exportável, isso é uma confirmação de que a demanda é muito forte, como aconteceu também no ano ado provocando crise de escassez", completa o consultor.
Segundo Severo, o mercado tem potencial para novas altas necessitando apenas de correções nos números de oferta e demanda que estão muito defasados. Além disso, o mercado segue a tendência de compra e utilização, onde o Brasil "caminha sozinho até a entrada da nova safra americana", ressalta.
Para ele, a soja tem que achar um ponto de equilíbrio - os U$ 12/bushel - precisando apenas de adequações com relação à demanda e oferta que serão sentidas com o tempo.
Além disso, foi notado nos últimos dias uma corrida nas vendas pelos produtores brasileiros, impulsionados pela valorização do dólar. Mais de 50% da atual safra já foi comercializada e os produtores que tinham suas dívidas em real fizeram bons negocio, considera Severo.
"Nós praticamente alcançamos o preço máximo do ano ado, muito próximos dos U$ 14,30/bushel de Chicago em 2014. E com essa safra o produtor deve cobrindo os custos e garantir algum resultado", explica.
Porém, com boa parte da safra já comercializada Severo considera que nos próximos dias devemos ver uma desaceleração no ritmo das comercializações, haja vista a incerteza com a desvalorização do real.
"A situação brasileira é muito ruim em todos os aspectos, e não será apenas um reajuste fiscal que vai resolver o problema. Isso pode ter um impacto momentâneo em maior crédito, mas a nossa situação com o mundo está muito difícil. Então temos esse cenário que é incerto e não se pode fazer nenhum tipo de previsão", afirma o consultor.
Tivemos momentos fracos em Chicago, por conta dos financeiros que assumiram posição vendida impulsionando os preços para baixo, mas é uma situação que não vai perdurar por muito tempo.
No caso da nova safra 2015/2016, Liones afirma as vendas podem ser concretizadas, mas precisam ser aplicadas na troca de insumos para garantir o custeio da lavoura.
1 comentário u4l6j

Soja dispara em Chicago nesta 6ª feira, preços sobem no BR e sinalizam oportunidade de venda

Cepea aponta queda na margem das processadoras de soja do Brasil

Soja fecha 6ª feira com quase 30 pts de alta em Chicago puxada pela disparada do óleo e do petróleo

Óleo testa limite de alta em Chicago com Oriente Médio e biocombustíveis nos EUA e soja dispara

Petróleo dispara com ataque de Israel ao Irã, puxa óleo de soja e impacta no grão nesta 6ª feira

Mais que o relatório de oferta e demanda, números fracos das vendas semanais pressionam soja em Chicago nesta 5ª feira
MAURO CESAR SANCHES SPURIO Londrina - PR 22/03/2015 11:13 21475v
A desvalorização das moedas em países produtores tornou a soja norte-americana menos competitiva e o mercado em Chicago deve reagir a esse movimento...